sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Vamos rezar?


Em mais este dia, renovemos nossa confiança em Deus nosso salvador. Peçamos a graça de permanecer em comunhão com ele e que dele recebamos as luzes e as forças que precisamos para levar adiante o seu plano de amor. Com o salmista rezemos: "Quanto a nós, nós esperamos por Iahweh: ele é nosso auxílio e nosso escudo. Nele se alegra o nosso coração, é no seu nome santo que confiamos. Iahweh, que teu amor esteja sobre nós, assim como está em ti nossa esperança" (Sl 33, 20-22). O vídeo abaixo é uma oração para inspirar seu momento pessoal com Deus, no início desta manhã.


Fonte: youtube - Antônio Arruda

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Brincar carnaval é pecado?





Uma das maiores festas populares do país está se aproximando: o carnaval. Algumas postagens nas redes sociais parecem indicar que um cristão fiel não brinca carnaval. Durante o período carnavalesco quem é de Jesus faz retiro ou fica em casa. Quem faz opção de ir para a folia não tem outra opção senão pecar. Não seria esta forma de ver um pouco exagerada? Necessariamente quem brinca carnaval tem que pecar? O pecado está na brincadeira em si ou no modo como se brinca? Por que então se faz necessário criar um “carnaval de Jesus”? Qual a infidelidade a Deus que alguém comete ao se divertir sem excessos dançando marchinhas de carnaval, por exemplo? Jesus já alertou para o risco que correm aquelas pessoas que se julgam melhores do que as outras porque cumprem rituais religiosos (Lc 18,9-14).  E aos fariseus autossuficientes Jesus lembrou que as prostitutas e os cobradores de impostos iriam precedê-los no Reino dos Céus (Mt 21, 28-32). Por isso mesmo muito cuidado ao julgar quem vai brincar, pois Jesus já falou: “Não julguem para que vocês não sejam julgados. Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.” (Mt 7, 1-2). Não creio que alguém que brinca carnaval saudavelmente, e isso é plenamente possível, cometa pecado. 

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Medo da morte ou do morrer?




Muitas são nossas angústias, nenhuma delas, porém, se compara com a angústia da certeza da morte. Não à toa o filósofo alemão Martin Heidegger já afirmou que o homem é o ser para a morte. Sabemos que, mais cedo ou mais tarde, todos nós morreremos. Diante dessa realidade somos impotentes. Apenas carregamos dentro de nós o sonho da imortalidade. Parece que no fundo não nos conformamos com o fim de nossa existência neste mundo. Há uma verdadeira “rebelião existencial”. Por isso mesmo outro filósofo, dessa vez o brasileiro Lima Vaz, vai preferir definir o ser humano como “o ser para a eternidade”. Mas vou pedir licença aos dois filósofos e viajar nas palavras do teólogo-poeta Rubem Alves. Devíamos temer mais “o morrer” do que a morte. Importa, na verdade, morrer serenamente, sem dores, humilhações, isolamentos em leitos frios de UTIs, por exemplo. Por isso o poeta vai dizer que não tem mais medo da morte, mas DO morrer. E ele continua, como somente os poetas sabem fazer: “Eram seis da manhã. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: “Papai, quando você morrer você vai sentir saudades?”. Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: ‘Não chore que eu vou te abraçar...’. Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade porque lá a gente fica longe dessa terra tão boa...”. Talvez seja mais humano nos preparar para o morrer do que ficar fugindo da morte. E lembremos que desde a perspectiva cristã, a morte já foi vencida. Ela não tem a última palavra sobre o ser humano. Falando com Marta, irmão de Lázaro, Jesus afirmou: "Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre" (Jo 11, 25-26). E Jesus pergunta ainda: "Você acredita nisso?" A resposta de Marta foi afirmativa. E a sua?



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Meditação: saber esperar



Fonte: http://www.excellencestudio.com.br/


No início de mais um dia, deixemo-nos iluminar pela Palavra de Deus. A cada amanhecer temos uma nova oportunidade de acolher nossa vida como um dom. Renovemos nossa confiança rezando com o salmista:


"É a ti que eu suplico, Iahweh! De manhã ouves minha voz;
de manhã eu te apresento minha causa e fico esperando..." (Sl 5, 3-4).


Saber esperar é parte importante da vida espiritual. Nem tudo acontece na hora em que queremos. Existe a “hora de Deus”. Quando ainda somos iniciantes no caminho do Espírito, muitas vezes nos afobamos, somos impacientes e vivemos como se tudo dependesse de nossos pobres esforços. Com mais facilidade acabamos agindo somente por nossos impulsos.   Somente quando, mesmo que pouco a pouco, vamos aprendendo a confiar, a esperar em Deus, lembrando sempre que “spes non fallit” - a esperança não decepciona – (Rm 5,5), emerge dentro de nós a paz e a serenidade de quem se deixou encontrar por Deus.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aula Moral Fundamental - Ética Bíblica

Fonte: http://escoladeprofetasmic.wordpress.com/


Estou disponibilizando algumas ideias que são desenvolvidas durante as aulas sobre "moral bíblica" do curso de Moral Fundamental I na Faculdade Católica de Fortaleza. Não se trata de um artigo, mas de tópicos para serem aprofundados e discutidos em sala de aula.

Click aqui e baixe o texto


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Fraternidade e Tráfico humano


A Campanha da Fraternidade deste ano tem como tema: Fraternidade e tráfico humano. O vídeo abaixo nos ajuda a entender as motivações da escolha do tema como eixo de reflexão e oração durante o período quaresmal que se aproxima.



Fonte: youtube - canal:elshaddaiweb

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Diante de ti estão a vida e a morte




http://creiaemcristo.com.br/



Diante de ti estão a vida e a morte



É verdade que muita coisa limita nossa liberdade. Uma liberdade absoluta realmente não existe. Mas, ainda que nossa liberdade seja condicionada, nós, seres humanos, não estamos condenados a agir de uma determinada forma. Nossa vida não está nas mãos de uma força superior chamada “destino”, nem mesmo podemos dizer tão facilmente: “foi Deus que quis assim”. Não seria uma grande tentação dos nossos dias retirar nossa responsabilidade e transferir seja para Deus, seja para o Diabo? O livro do Eclesiástico surge aqui como uma boa referência para nos ajudar a pensar melhor. De fato, Deus nos deixa livres e, portanto, responsáveis por nossas escolhas e decisões. Assim diz o sábio: “Diante de ti ele colocou o fogo e a água; para o que quiseres, tu podes estender a mão. Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir (...). Não mandou a ninguém agir como ímpio e a ninguém deu licença de pecar” (Eclo 15,17-18.21). Nossa vida é feita de escolhas. Algumas acertadas e outras não. Por isso a vida é uma escola e todo dia podemos aprender, mesmo de nossos erros. O esforço de nossa parte é para que aprendamos a fazer mais escolhas certas que poderão nos levar no rumo de nossa felicidade. Lembremos, porém, as palavras do Senhor no Salmo 32,8: “Eu o instruirei e o ensinarei no caminho que você deve seguir; eu o aconselharei e cuidarei de você”. Se errarmos ou acertarmos, porém, devemos sempre arcar com as consequências. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Ética e Moral: são coisas diferentes?



http://intelectuais.blogspot.com.br/

Esta pergunta sem dúvida surge como uma das mais comuns em nossos cursos sobre teologia moral ou ética teológica. Basicamente há duas posições a respeito. Podemos dizer que alguns estudiosos preferem diferenciar os termos. Nessa perspectiva, moral faz referência a um conjunto de valores assumidos individualmente, enquanto ética relaciona-se ao âmbito social. Com frequência os dois termos aparecem em contraposição em nossos dias. Quem defende essa posição tende a ver a ética como a consideração racional do que é "justo", enquanto a moral se preocupa com o problema do "bem" desde uma visão de fé. Por outro lado, quando nos voltamos para a etimologia das palavras, isto é, para o sentido que tinham na origem, percebemos que tanto ética quanto moral significam a mesma coisa. Ética vem da palavra grega "ethos" e moral vem da palavra latina "mos-moris". Em ambas o significado é o mesmo: costume. daí que alguns estudiosos preferem tratar "ética" e "moral" como sinônimos. 

O teólogo Leonardo Boff pertence ao primeiro grupo e afirma: "A ética é parte da filosofia. considera concepções de fundo acerca da vida, do ser humano, do universo, e de seu destino, estatui princípios e valores que orientam pessoas e sociedades (...). A moral é parte da vida concreta. Trata da prática real das pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente estabelecidos" (Ética e Moral. A busca dos fundamentos, p. 31). 

O filósofo brasileiro Henrique Cláudio de Lima Vaz, em seu curso de Introdução à Ética Filosófica I, esclarece o seguinte: "Considerados, porém, em sua procedência etimológica, os dois termos são praticamente sinônimos e dado o seu uso indiscriminado na imensa maioria dos casos, talvez seja preferível manter essa sinonímia de origem e empregar indiferentemente os termos Ética e Moral para designar o mesmo objeto. A tentativa de conferir-lhes acepção diferente está ligada (...) à separação moderna entre Ética e Política e, mais geralmente, à cisão entre indivíduo e sociedade ou entre vida no espaço privado e vida no espaço púbico" (p. 12). 

Quem já esteve me ouvindo lembra de minha preferência pela posição de Lima Vaz. E você?

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Artigo: MÍDIA, TV, GAMES E CONTEXTO SOCIAL

Meraldo Zisman (*)
Médico-Psicoterapeuta

A legislação brasileira considera como criança a pessoa com idade entre zero e doze anos, passível apenas da aplicação de medidas protetoras quando comete infração (delinquência) ou se encontra em situação de risco, de acordo com o art. 101 da Lei n. 8069/90, que é o Estatuto da Criança e do Adolescente. Na adolescência, por sua vez, enquadram-se as pessoas entre os doze e os dezoito anos, que são sujeitas à aplicação das mesmas medidas protetoras e ainda à aplicação de medidas socioeducativas (art. 112 do mesmo Estatuto da Criança e do Adolescente).

“Não creio que Caim tenha se inspirado na televisão ou em jogos de computador, para matar seu irmão Abel... ou que Nero tenha incendiado Roma por culpa de algum game”. A questão da influência da televisão ou dos games na conduta das crianças, especialmente levando-as a condutas violentas, é controversa. A maioria dos estudos assevera que crianças do sexo masculino tendem a imitar as ações violentas que veem na TV e em outras parafernálias eletrônicas. Tendem a ser mais complacentes com a agressividade e tendem a desenvolver outras formas de violência.

Além disso, tem-se observado que os meninos agressivos normalmente escolhem programas mais violentos e que há mais meninos adictos a esses programas que meninas. Porém, nem todas as investigações confirmam tais observações. Há estudiosos que atribuem o suposto impacto da TV e dos games como um auxílio à compreensão e interpretação da criança sobre o que aparece na tela, seja da televisão ou de um game.
Os games bélicos também são frequentemente relacionados com o desenvolvimento de condutas violentas. Outros opinam que não exercem qualquer influência. Outros ainda acham que tais jogos empobrecem a imaginação e ensinam conceitos belicosos. Há quem creia que estes jogos têm até uma função catártica ou terapêutica sobre o potencial agressivo natural das pessoas.

As atitudes competitivas (agressivas ou não) que são mostradas nesses jogos guardam relação com os adversários com quem se esteja jogando ou com o tipo de jogo que se utiliza e, apesar de estimularem a luta entre meninos (mas não entre meninas!), só se constata o aumento da agressividade durante ou imediatamente após o jogo. Essa agressividade parece não se manter em outras situações e nem repercutir em longo prazo.

Ter uma perspectiva decisória vaga para a identificação de games violentos e julgá-los como inaceitáveis podem trazer consequências imprevisíveis, pois quem acusa esses games e pede seu controle governamental o faz por precaução, mas repito, até hoje, não há provas contundentes sobre os malefícios desses games, e digo: muito mais perigosa pode ser a invasão da privacidade dos que jogam, o que me cheira a censura, cerceamento à liberdade da imprensa e outras coisas graves.

E qualquer coisa que lembra, mesmo de longe, a censura é uma monstruosidade e um atentado contra o pensamento, é um crime de lesa-humanidade. Acusar é muito fácil. Principalmente diante dos avanços que romperam a velha ordem mumificada. Tristes dos engessados. Eles estão mortos e não o sabem.

(*) Professor Titular da Pediatria da Universidade de Pernambuco. Psicoterapeuta. Membro da Sobrames/PE, da União Brasileira de Escritores (UBE) e da Academia Brasileira de Escritores Médicos (ABRAMES).


Fonte: http://blogdomarcelogurgel.blogspot.com.br

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O que é Teologia Moral?

Se aceitamos que a principal tarefa da teologia se caracteriza pela tentativa de compreensão e formulação da Revelação de Deus, a teologia moral emerge como a parte da teologia cujo objeto vem a ser justamente o aspecto moral dessa mesma revelação. Cabe, portanto, à teologia moral, a busca de uma apresentação adequada do caráter moral da mensagem revelada. Segundo Peschke: Ética cristã ou teologia moral é aquela parte da teologia que estuda à luz da fé cristã e da razão, as diretivas que devemos seguir para alcançar o fim último” (Cf. Peschke, Karl Heinz, Etica Cristiana I. Fondazione della Teologia Morale = Manuali 2, Urbaniana University Press, Roma 19993, p. 15).

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Crer em Deus é algo irracional?



Há quem acredite ser possível provar a existência de Deus meramente por meios racionais. Outros negam tal possibilidade. Mas ao negá-la, necessariamente estão relegando ao reino do irracional a crença na existência de Deus? Seria realmente a fé em Deus um ato humano irracional? Com a palavra Pe. Libânio, reconhecido teólogo jesuíta falecido recentemente: "A fé não é rationalis mas rationabilis. Não é rationalis (racional) porque não procede a partir da evidência da verdade crida. Fé não é ciência. Não pode ser reduzida à natureza racional do conhecimento científico. Funda-se no testemunho de de Deus. Mas é rationabilis (razoável), porque é consentâneo, de acordo com a complexidade e profundidade da natureza racional do ser humano, o fato de amar, acreditar, esperar. Tais atos ultrapassam a racionalidade puramente verificativa, empírica das ciências. Vão além da razão, mas não contra a razão. Não brotam 'da razão', mas não se fazem 'sem a razão'" (João Batista Libânio, Eu creio. Nós cremos, p. 180).

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Sede de Deus


"Mostra-me os teus caminhos, Javé, ensina-me as tuas veredas. 
Guia-me com tua verdade. Ensina-me, pois tu és o meu Deus salvador" (Sl 25,4). 


O desejo do salmista expressa por um lado a busca humana da vontade de Deus (Senhor, o que queres que eu faça? At 22,10) e, por outro, a intuição de que essa só pode vir da automanifestação do Eterno. Antes de tudo não somos nós que conhecemos a Deus, mas é ele mesmo que se dá a conhecer. É dele a livre iniciativa. O convite é que nos deixemos guiar por Ele. Lembremos que os caminhos de Deus não são antagônicos aos nossos. A vontade de Deus não se apresenta como uma usurpadora da liberdade humana. Por isso mesmo não convém apresentar a vontade do Senhor como se fosse um ato arbitrário. Parece ser uma ilusão humana a total compreensão de Deus, de seus projetos, de sua vontade. Não seria esse desejo um resquício do desejo de ser "como Deus" e conhecer os segredos da "árvore do bem e do mal"? (Gn 3,5). Mas, se Deus quis se autorrevelar, por que permaneceria "inacessível" às suas criaturas racionais? O "prescrutar" os caminhos do Senhor mais do que uma pretensão racionalista pode simplesmente manifestar nossa parcela de divindade que Ele mesmo nos fez participar ao nos doar "o sopro da vida" (Gn 2,7) e a nos querer "a sua imagem e semelhança" (Gn 1,26). Nossa compreensão dos mistérios de Deus pode nem ser completa, mas nem por isso ela se mostra desnecessária ou irrelevante. Assim também pensava santo Anselmo: "Não tento, Senhor, penetrar tua profundidade, pois de modo nenhum minha inteligência pode medir-se com ela; mas desejo compreender em certa medida tua verdade, que meu coração crê e ama. Não procuro compreender para crer, mas creio para compreender. Pois creio de tal modo que, se não cresse, não compreenderia".

Prof. Dr. Pe. Moésio Pereira de Souza, redentorista.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Saudação aos nossos leitores




Nova Iniciativa

O projeto do blog "Crer e entender" nasceu da necessidade de maior interação com os alunos dos cursos de Teologia moral fundamental e Sacramento da reconciliação e Unção dos enfermos da Faculdade Católica de Fortaleza. Mas, na verdade, esperamos que ele possa ir além disso. Ele surge como um convite para partilhar "as coisas da fé", sempre numa atitude de abertura ao diálogo, próprio daquelas pessoas que não têm pretensão de ser as detentoras da verdade. Aqui seus comentários são bem-vindos. Cresçamos juntos na meta de alcançar "a maturidade dos fiéis em Cristo". 

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