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Muitos lugares na
Sagrada Escritura têm um significado que vai além do geográfico. Assim é Betânia, cidade citada no texto do
evangelho que a liturgia da Igreja oferece para nossa oração de hoje (Jo
12,1-11). Betânia é lugar de amizade sincera, de acolhimento e de encontro que
enaltece. Um dos possíveis significados do nome Betânia é “casa dos pobres”.
Segundo os Evangelhos, Jesus costumava passar por lá e visitar seus amigos
Marta, Maria e Lázaro. (Mc 11,1; Mt 21,17; Lc 19,29; 24,50; Jo 11,1.18).
Em Betânia aprendemos
que acolher bem os visitantes é uma coisa boa. Mas lá o mestre ensinou também, que
as ocupações da vida não podem tirar o tempo que precisamos para ouvir sua Palavra
(Lc 10,38-42).
Na casa de Betânia
descobrimos que o amor é como um perfume que se espalha por todo canto. Um amor
gratuito que não faz cálculos mesquinhos: “Será que eu vou ganhar mais do que
eu estou dando”? “Como será que ele vai retribuir”? Trata-se de um amor que
sabe dar do que tem de mais valioso, como o fez Maria, a irmã de Lázaro. Lá aprendemos a importância de ficar de
joelhos e mostrar carinho a quem amamos.
Quando vamos a Betânia,
somos questionados sobre nossos interesses. Percebemos que nem sempre nossas
boas ações são verdadeiras. Pode ser que, a exemplo de Judas, estejamos usando
os outros para parecer “pessoas boas”, preocupadas com os pobres, mas de olho
no que isso vai render para nós.
O perfume do amor
generoso e gratuito que exalou daquela simples casa em Betânia, espalhou-se
para além dos muros da Jerusalém antiga e chegou até os “quatro cantos do mundo”
com a vitória de Jesus. Quem vai a
Betânia torna-se testemunha de que o amor é mais forte do que a morte.
Durante esta semana, somos convidados a fazer de
nossa casa e de nosso coração uma “Betânia”, para aprender a acolher, a amar
gratuitamente, a adorar e a crer em Jesus.