sexta-feira, 4 de abril de 2014

“Bem-aventurados os puros de coração II”






Creio que muitos de nós já experimentamos a sensação de estar com o coração carregado de sentimentos que nos causam mal e nos levam a agir de modo inadequado com os outros. Sentimos que nosso coração se enche de angústia, de raiva, de rancor, de mágoa. Nosso coração outras vezes se mostra invadido por pensamentos de vingança, de cobiça, de luxúria etc. Mas nossa própria experiência nos ensina que isso não é bom e que nosso coração precisa ser transformado, purificado.

Na linguagem religiosa, lembrando o livro do Gênesis, podemos dizer que nosso coração (originalmente criado bom) se deixa seduzir pela proposta da serpente; usando outra metáfora bíblica podemos dizer, com os Padres da Igreja, que nosso coração se assemelha à Terra Prometida que muitas vezes sofre um ataque dos seus inimigos: filisteus, babilônios, gregos etc que atiram suas lanças (os maus pensamentos ou más sugestões) contra nós.

Importante lembrar que sendo criado por Deus, nosso coração é bom. A maldade que nele entra por meio dos pensamentos é que o torna impuro e mal.  Então, se não consentirmos que a maldade invada nosso interior, não cometemos pecado. O pecado não está no sentir, mas no consentir. Alguém pode ser tentado a fazer o mal, mas resistir à tentação, como fez o próprio Jesus.

O período da quaresma se mostra uma grande oportunidade para cuidar do nosso coração e do que o ronda; o que habita o nosso coração? Rancor, raiva, mágoa ou alegria, gratidão e amor? Portanto ouçamos o que diz o apóstolo: “Sede vigilantes, permanecei firmes na fé” (1Cor 16,13). Esse é mais um passo importante para se ter um coração puro! 

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